21 de junho de 2012

Euro 2012: Portugal - República Checa. Preview

Como referi há uns 2 ou 3 posts atrás, o que eu recordo destes gajos é ter sido eliminado em 96 com aquela jogada e aquele chapéu ao Baía. 
Já me recordaram que também jogámos com eles em 2008. Já não me lembro bem. Fui ver e junto os onzes e fichas dos 4 jogos dessa fase final.

Ganhámos 3-1 no segundo jogo (e mais difícil) da fase de grupos. Os outros eram a Turquia e a Suiça.
O mágico Deco "abriu o activo" (isto escrito ainda é mais estúpido do que dito, mas não encontrei nada melhor assim de repente. Mas em futebolês é óbvio), o Ronaldo fez o 2-1 aos 63' e ofereceu o 3-1 ao Quaresma, ao cair do pano.



É curioso verificar que, 4 anos volvidos, só sobram 3 jogadores na equipa que jogou com os checos: Ronaldo, Moutinho e Pepe.

Se virmos o onze que jogou e perdeu com a Suiça, quando já estávamos apurados, já vemos outras 6 caras actuais conhecidas: Veloso, Alves, Meireles, Nani, Postiga e Quaresma. Há ainda o Hugo Almeida, que foi entrando nestes jogos.


É interessante perceber que da "segunda linha" da selecção houve 5 que subiram à primeira linha.

Diga-se que estes 5 podiam ser só 3, se cá estivessem o Carvalho e o José. Mas essa é outra história e talvez ainda volte a ela mas, caso não o faça, aqui fica o que penso sobre estes dois casos: apoio o PB inequivocamente no caso Carvalho (abandono do estágio na véspera de um jogo oficial é razão mais do que suficiente) e, no do José, também o apoio, mas aqui foi a palavra de um contra a do outro (tanto quanto sei), pelo que fica sempre a dúvida (até pelo passado de conflitos do PB com jogadores e também porque o José, no FCP, nunca me pareceu homem para andar a simular lesões para não jogar).

O importante a reter é que mantivemos os melhores (e que 3!) e deixámos de lá ter o Ricardo.

Este Ricardo nunca me convenceu. Nem como herói sem luvas do 2004 (já referi algures que achava que com o Baía nós tínhamos ganho o Euro).
Aquele terceiro golo da Alemanha, que nos pôs fora do euro logo nos quartos de final, é antológico. Já pouco recordava do jogo com os checos, mas a cara do Ricardo a sair-se ao Ballack, de olhos fechados e em posição de quem se está a sentar na sanita, ficou-me gravada no espírito.
Aqui fica o momento em 3 ângulos diferentes, mas sempre ridículo e trágico.




E com este cromo fecho o olhar para o passado.
Só para o Euro 2008 não ficar incompleto, aqui fica a ficha do jogo com a Alemanha nos quartos, sacada da wiki.


E quem é a República Checa actualmente? Não sei bem. Conheço poucos.
Há 2 que já lá andavam em 2008, o Cech e o Baros. São bons mas já foram melhores. O Cech ainda brilha, mas o Baros é mais Nuno Gomes.

E depois há o Rosicky. O maestro. O verdadeiro 10.
Gosto muito deste jogador e desde há muito tempo. Apanhámos o Sparta de Praga em 1999/2000 na fase de grupos da Champions. O miúdo, com 19 anos acabados de fazer (tem agora 31), jogou os dois jogos e foi, de longe, o melhor. Fiquei com esperança que o PdC o fosse lá buscar, de tal forma o gajo brilhou. E naquela equipa e com aquela idade, não teria sido muito caro. Foi para o Dortmund, onde ficou meia dúzia de anos. Jogou os últimos 6 anos no Arsenal.
Não esteve no Euro 2008 por lesão.

O onze que jogou contra a Alemanha.


Cá, no Euro 2004, o Rosicky já esteve  e os checos brilharam. Só caíram aos pés dos gregos (sounds familiar?) nas meias finais.
Na fase de grupos ficaram (olha, olha!) com a Alemanha e com a Holanda. Ganharam os 2 jogos (pois é) e ficaram em primeiro do grupo, com a Holanda em 2º e a Alemanha a voltar para casa. Nos quartos de final espetaram 3 secos à Dinamarca.

Em resumo, jogámos 11 vezes com os checos, nas quais ganhámos 4 e perdemos outras 4.

(e dizia eu que tinha fechado o passado. Mas desta é que é.)

Actualmente não estão assim tão bem. Falharam a qualificação para o Mundial 2010 (atrás da Eslováquia, o que lhes deve ter custado) e começaram o europeu a levar 4 batatas dos russos.

Chega dos checos.

E nós? Nós nada. Nada a dizer. Já está tudo dito. E o PB também não muda nada.
É jogar, correr e ganhar.



Tem que ser e acho que vai ser.

Depois venham os espanhóis ou os franceses. Qualquer um deles me dará um especial gozo mandar para casa.

E que os gregos ganhem aos alemães e reeditamos a final de 2004, reescrevendo o final, claro.


POR-TU-GAL!

PeLiFe

5 comentários:

  1. Não entendo o porquê de não mexer na equipa quando se vê, à vista desarmada, que há tipos que estão completamente rotos! O Meireles é o caso mais flagrante! Isto deve dar grande confiança à malta que está no banco. Depois, quando precisarmos deles...
    Vamos dar cabo dos tipos! O jogo em Inglaterra marcou-me de tal maneira que já nem me lembrava dos outros! Sacana do Poborsky (se bem que depois me tenha dado muito gozo vê-lo na Luz!!!)

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    1. O rapazito não era mau jogador, de facto.
      Já não me lembrava que a jogada era tão boa. Só me lembrava do chapéu, que por si só, é extraordinário.
      Já foram!

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  2. Gosto de colocar aqui a minha análise a quente para que a mesma não seja influenciada pelo que vou ouvindo dos gurus no rescaldo dos jogos na TV.

    Caso contrário ainda sou obrigado a concordar com o nosso Agostinho da Silva que não queria dividendos dos seus livros porque não conseguia distinguir se as ideias e pensamentos que escrevia eram mesmo suas ou se o resultado de uma amálgama de conhecimentos e de pensamentos absorvidos ao ler os livros dos outros.

    Assim prefiro ser básico, mas original

    Vamos então à análise (básica como disse):

    Seria banal referir que os primeiros 20 minutos foram de desacerto, especialmente no meio campo, quer no passe, quer nos ressaltos. Portanto fechemos esse capítulo e concentremo-nos no que interessa que são os 70 minutos restantes:

    Em geral gostei mais do comportamento da equipa neste jogo do que nos dois anteriores, isto porque, ao contrário do que aconteceu com a Holanda, acho que a Rep. Checa nos colocou imensas dificuldades ao nosso estilo de jogo. A pré-anunciada estratégia defensiva, quase “à Gregos” (e que osso atravessado temos com esse tipos) confirmou-se pelas autênticas férias a que o Rui Patrício teve direito neste jogo. Acho que ele não fez uma única defesa.

    Destaco os seguintes jogadores:

    Começo pelo Moutinho: Que pena que aquele remate “à Moutinho” tivesse tido a digna resposta do Cech. Seria o digno prémio de um grande jogo que teve o seu climax na espectacular movimentação do Moutinho antes de centrar para o Ronaldo.

    Eixo Alves-Pepe: Magistral. É quase um seguro de vida que temos ali.

    Nani: O que dizer que já não foi dito ?

    Ronaldo: É o maior do mundo. Eu por acaso até acho que deveria haver uma regra diferente para as bolas ao poste do Ronaldo. Por exemplo duas por jogo deveriam dar direito a 1 golo.

    Laterais, cumpriram, que é o que se lhes pede.

    Meireles: (Ainda mais) trabalhador. Muito bom na contenção e no controlo a meio-campo. Só é pena que só consiga a chutar para cima.

    Do que vi do Veloso gostei.

    Postiga: Vi-o trabalhar é certo, mas com que eficácia ? Agora não vai poder jogar…. e vai ser o teste ao que temos defendido, só não sei se o Hugo Almeida (será com grande certeza essa a solução de início do PB) será uma solução melhor…

    Em relação a tudo o resto tem termos de jogadores certamente estou a deixar muito de fora, mas o stress e ânsia do jogo não me deixaram ter mais clarividência.

    Ponto negativo: O estado do relvado. Como é que é possível no Top do Tops das competições o que vimos hoje ? um estádio que pelo que percebi custou mais do que o da Luz, o de Alvalade e do Dragão juntos ?

    Como grande ponto positivo: Termos conseguido ir para as meias-finais sem impedidos por 2ºs amarelos.

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    1. Eu também acho piada às análises a quente. São mais genuínas.
      Mas nestes jogos tenho dificuldade em conseguir aterrar para escrever.
      E quando pego no post, tenho que procurar as fotos e fazer a ficha e acabo por ir escrevendo aos poucos.

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    2. E muito boa a análise a quente!

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